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[Estreia!] Filme “Perdida” é romance épico, com aventura, viagem no tempo, drama, comédia e magia!

Nesta quinta-feira (13), chega aos cinemas brasileiros o filme “Perdida”. O longa é a adaptação da primeira obra da autora brasileira best-seller, Carina Rissi.

Eu poderia, perfeitamente, seguir esse review da forma mais “padrão” possível, isto é, apontando as coisas que mais gostei na produção, como: a atuação dos atores (que são ótimos!); ou abordando os diálogos inteligentes, a linda fotografia, os cenários encantadores, e até mesmo os belíssimos figurinos originais do século XIX utilizados no filme. Conseguiria aqui esmiuçar tudo isso, e veja bem, não seria errado. Afinal, é o que se espera da resenha de um filme.

Mas, a minha história com a trama de “Perdida” começou há mais de 10 anos…

Estava dando um passeio por uma livraria em São Paulo, quando avistei numa das prateleiras a capa de um livro que me chamou a atenção: era a silhueta de uma jovem, com um “vestido de gala” branco (talvez um vestido de noiva?), porém, nos pés, ela usava o popular tênis “All-Star” na cor vermelha. Apressada, peguei a obra, e fui direto para a “orelha” do livro ler a premissa, e ver sobre o que se tratava.

Capa do livro "Perdida"

A trama, criada por Carina Rissi, conta a trajetória de uma jovem chamada Sofia e que, já descrente do amor, está focada apenas no trabalho. Porém, um dia, Sofia conhece uma mulher misteriosa, e, que a manda direto para o século XIX.

Sofia aterrissa, portanto, em outra época, com diferentes  costumes, pouca modernidade, e conhece o jovem cavalheiro Ian Clarke e sua família.

A história tem um pouco de tudo: desde viagem no tempo e magia, até drama, comédia e romance. Comprei o livro e o devorei madrugada adentro naquele mesmo dia.

Terminei a obra chorando, encantada e ansiosa. Queria correr para as redes sociais e gritar para o mundo que todos tinham de ler o livro “Perdida”. E foi exatamente o que fiz…

Naquela época, ainda em uma pequena editora, fiz questão de caçar a autora da obra, Carina Rissi, durante uma “Bienal do Livro de São Paulo”, e, para minha surpresa, me deparei com uma mulher simples e humilde, acompanhada sempre de seu marido e sua adorável filha, e que residiam em Ariranha, uma pequena cidade, de pouco mais de 9 mil habitantes, no interior de São Paulo.

Carina Rissi nos estúdios da Rádio Mix

Naquele momento, claro que não passaria em minha cabeça, tampouco na da Carina Rissi, que anos mais tarde aquele livro se tornaria um filme!

Perdida” chega aos cinemas nesta quinta-feira (13), como uma produção de encher os olhos! Tive o privilégio de estar entre os convidados na pré-estreia do longa, com a presença do elenco e da produção do filme, que aconteceu no dia 4 de julho, no Shopping Eldorado.

Na entrada do cinema, fãs do livro “Perdida”, se amontoavam (e gritavam!), para verem de perto os atores que, finalmente, dariam vida aos personagens da publicação.

Mas e o filme?

Bem, eu, enquanto fã e leitora de Carina Rissi, fui ao cinema com a expectativa não muito grande, afinal, como toda boa leitora, acabei me deixando contaminar pelo clássico chavão de amantes da literatura: “ah, mas o livro é melhor”.

Porém, para minha grata surpresa, o longa retrata muito bem a obra, capturando a essência da história. É claro que, como toda construção cinematográfica, algumas alterações precisam ser feitas no roteiro, para que a história fique verossímil nas telonas. Todavia, nada que prejudicasse a obra ou a adaptação.

O que eu assisti no cinema foi algo que não é lá tão comum no cinema nacional, em que imperam as comédias ou os dramas carregados de críticas sociais.
O que vi nas telonas foi um romance épico muito bem produzido, capaz de divertir, entreter e emocionar, dentro de uma ambientação do século XIX, e que te transporta, literalmente, para outro mundo, outro estilo de vida, e que o faz pensar:

Afinal, quando tudo parece errado, e sua vida te mostra outro caminho para seguir, será que você está realmente “perdido(a)”, ou o destino está te mostrando, na verdade, uma solução?

Na trama, a atriz Giovanna Grigio interpreta a heroína Sofia, que me arrancou lágrimas com sua magistral atuação; enquanto Bruno Montaleone vive o nobre cavalheiro, Ian Clarke, que fez o cinema suspirar como todo galã que se preze. A produção ainda conta com a participação incrível dos atores veteranos Hélio de la Peña e Lucinha Lins. O longa tem a direção de Katherine Chediak Putnam e Dean Law.

Giovanna Grigio

Bruno Montaleone

Em suma: o filme “Perdida” é a prova de que o cinema nacional não precisa ficar preso à inércia, com produções que parecem seguir uma mesma receita antiga. Ao contrário, “Perdida” é fôlego novo do cinema nacional, e merece todos os méritos por isso.

*Dica: depois de assistir ao filme, leia também o livro, que agora é uma série composta por 6 obras! Saiba mais sobre a autora Carina Rissi, aqui.

Carina Rissi

Assista ao trailer de “Perdida”:

Foto: Reprodução/YouTube

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